Repórter da Band escapa de assalto em Botafogo minutos antes de ir ao vivo
out 6, 2025
joice joicinha
por joice joicinha

Quando Clara Nery, repórter da Band se aprontava a entrar ao vivo no programa Bora BrasilBotafogo, um assalto quase tirou o celular das suas mãos.

Contexto do incidente

Era segunda‑feira, 28 de julho de 2025, e a transmissão seria ao vivo das ruas da Rio de Janeiro. A emissora costuma usar a calçada em frente ao Batalhão da Polícia Militar de Botafogo como ponto de apoio para coberturas externas, porque o local garante boa visibilidade e segurança aparente.

Do nada, um motociclista de alta velocidade chegou a toda velocidade, vestindo um casaco azul, e tentou agarrar o celular que Clara Nery segurava firmemente. O momento foi capturado pelo cinegrafista Leonardo Teixeira, que estava ao lado pronto para fazer a gravação de transição.

Detalhes da tentativa de roubo

Nas imagens, o bandido sobe na calçada, estende a mão e tenta puxar o aparelho. "Estava de costas, esse homem passou de moto em cima da calçada e tentou levar meu celular", relatou a repórter ainda tremendo. O ladrão, porém, perdeu o equilíbrio; o celular escorregou das mãos dele e acabou caindo no chão, permitindo que Clara o recolhesse.

O motociclista ainda tentou ocultar a placa da moto com um pedaço de papelão, indicando planejamentos, mas as câmeras de segurança localizaram seu rosto. "Por sorte e pela falta de habilidade dele, consegui recuperar o celular. Temos a gravação da câmera que focou no rosto", disse Clara, ainda surpresa com a própria reação rápida.

O material foi imediatamente encaminhado às polícias militar e civil de Botafogo para investigação. Até o momento, não há informações sobre a identificação do suspeito.

Incidente semelhante em São Paulo

Curiosamente, na mesma semana, o repórter Igor Calian, também da Band, sofreu tentativa de assalto ao se preparar para entrar ao vivo no Jornal da Band, em São Paulo. O criminoso não conseguiu levar o celular, mas a situação deixou os profissionais de jornalismo ainda mais atentos.

Esses dois episódios reforçam um ponto: a exposição nas ruas, sobretudo em grandes centros urbanos, traz risco constante para quem trabalha com comunicação ao vivo.

Reações e medidas de segurança

Reações e medidas de segurança

Depois do ocorrido, a diretoria da Band divulgou um comunicado pedindo cautela e reforçando que a segurança dos jornalistas é prioridade. "Estamos avaliando novas estratégias de proteção, como o uso de coletes à prova de balas leves e a presença permanente de segurança nos pontos de transmissão", afirmou o assessor de imprensa da emissora.

Especialistas em segurança urbana apontam que a prática de assaltos a profissionais da imprensa tem aumentado nos últimos anos, principalmente em áreas com grande fluxo de pedestres e veículos. "A visibilidade desses profissionais os torna alvos fáceis. Investir em treinamento de reação rápida e em equipamentos de gravação que possam ser usados como escudos é crucial", explicou a criminóloga Mariana Lopes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Impacto nas redes sociais

O vídeo de Leonardo virou sensação nas redes em menos de duas horas. Compartilhado mais de 150 mil vezes no Twitter e 200 mil visualizações no Instagram, a gravação gerou debates acalorados sobre a necessidade de mais policiamento nas vias públicas. Muitos internautas elogiaram a rapidez de Clara e a coragem de Leonardo.

Entretanto, também surgiram críticas ao ambiente urbano de Botafogo, considerado por alguns um ponto crítico de criminalidade. "Se até repórteres são vulneráveis, imagine o cidadão comum", escreveu um usuário do Facebook.

Próximos passos da investigação

Próximos passos da investigação

As imagens da câmera de segurança ainda estão sendo analisadas por peritos para identificar a placa da moto e possíveis rastros digitais. A polícia prometeu divulgar resultados preliminares até o fim da semana.

Enquanto isso, Clara Nery retornou ao estúdio e completou a entrevista ao vivo, demonstrando profissionalismo e firmeza. "O trabalho não pode parar por medo", concluiu, reforçando o compromisso da imprensa com a verdade.

Frequently Asked Questions

Como o assalto a Clara Nery afeta outros jornalistas?

O incidente evidencia que profissionais da imprensa, ao estarem em campo, ficam expostos a crimes comuns. Isso gera um alerta para que redações reforcem protocolos de segurança e invistam em treinamentos de reação rápida.

Qual foi a atuação da polícia após o evento?

As imagens das câmeras de segurança foram entregues à Polícia Militar de Botafogo e à Polícia Civil. Técnicos estão analisando o rosto do suspeito e a suposta ocultação da placa da moto para localizar o autor.

Por que incidentes semelhantes aconteceram em São Paulo?

A tentativa de assalto ao repórter Igor Calian mostra que o problema não se limita a um município. Grandes cidades brasileiras enfrentam aumento de crimes de oportunismo, especialmente em áreas com grande movimentação de mídia.

Quais medidas a Band está adotando para proteger sua equipe?

A emissora está avaliando a adoção de coletes leves de proteção, reforço de seguranças nos pontos de transmissão e treinamento de jornalistas para situações de risco. O objetivo é minimizar vulnerabilidades sem atrapalhar a cobertura.

Qual a repercussão nas redes sociais?

O vídeo viralizou, gerando mais de 350 mil visualizações combinadas. Comentários mesclaram elogios a Clara e Leonardo com críticas ao aumento da criminalidade em Botafogo, impulsionando debates sobre segurança urbana.

1 Comments

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    Flavio Henrique

    outubro 6, 2025 AT 02:59

    O episódio envolvendo a repórter Clara Nery revela, de forma inequívoca, a vulnerabilidade inerente ao exercício do jornalismo de campo.
    Ao se deparar com um indivíduo em motorização rápida, que tenta subtrair seu celular, a jornalista demonstrou notável reação de prontidão.
    Tal situação transcende a mera anedota urbana e adentra o domínio da ética profissional, onde o compromisso com a informação não pode ser comprometido por ameaças externas.
    A presença da Band nas ruas, historicamente, tem proporcionado ao público uma visão realista dos acontecimentos, mas simultaneamente expõe seus articuladores a riscos palpáveis.
    Nesta conjuntura, a falta de um aparato de proteção adequado, como coletes balísticos leves, torna-se um ponto crítico de análise.
    A resposta rápida da repórter, ao agarrar o aparelho que escapava, evidencia um treinamento implícito de controle de crises.
    Contudo, confiar exclusivamente na destreza individual pode ser considerado negligente por parte das instituições mediáticas.
    A segurança deveria ser institucionalizada, incorporando protocolos padronizados que contemplem a presença de seguranças armados e equipamentos de proteção pessoal.
    Ademais, a análise das gravações, que capturaram a face do agressor, oferece um valioso recurso para a investigação policial.
    A colaboração entre a imprensa e as forças de segurança, portanto, deve ser aprimorada, garantindo que evidências sejam preservadas e processadas com celeridade.
    A experiência de Clara ressoa como um alerta para todos os profissionais que se aventuram nas avenidas da cidade.
    A cultura de exposição, que valoriza a cobertura ao vivo, precisa ser equilibrada com medidas de mitigação de risco.
    É imperativo que as redações desenvolvam treinamentos regulares de resposta a incidentes, semelhantes aos programas de segurança corporativa.
    Assim, a integridade do relato jornalístico será preservada, sem sacrificar a segurança dos seus autores.
    Em última análise, a sociedade ganha quando a imprensa permanece livre para relatar, mas não à custa da vida dos seus colaboradores.
    Que este episódio sirva de catalisador para reformas estruturais que fortaleçam a fronteira entre a verdade e a vulnerabilidade humana.

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