Quando Xavi Simons, meia‑atacante da Tottenham Hotspur assinou contrato de cinco anos com a equipe inglesa, o mercado de transferências sentiu o impacto. A negociação, avaliada em £51 milhões, saiu da RB Leipzig da Alemanha e ainda superou a corrida da rival Chelsea, que também brigava pelo talento holandês. Para o Spurs, a chegada de Simons preenche uma lacuna criativa deixada por James Maddison, meio‑campista lesionado com ruptura de ligamento cruzado anterior durante a pré‑temporada.
O verão de 2025 foi marcado por cifras recordes na Premier League. Clubes ingleses, alimentados por receitas de direitos TV, desembolsaram mais de £1,2 bilhão em novos contratos, segundo relatório da Deloitte. Dentro desse cenário, o Tottenham buscava reforçar a linha de criação sem comprometer o fair‑play financeiro. A decisão de apostar em Simons, ao invés de caras opções como João Félix ou Declan Rice, mostrou uma estratégia baseada em juventude, potencial de revenda e ajuste tático ao estilo de Ange Postecoglou, treinador do clube (primeira menção do treinador, portanto não marcado).
Filho de ex‑jogador de futsal e formado nas academias do FC Barcelona e do Paris Saint‑Germain, Simons despontou como um dos prodígios da geração 2003. Depois de duas temporadas de empréstimo no RB Leipzig, o clube alemão o comprou em janeiro de 2024 por €30 milhões. Na temporada 2023/24, ele anotou 22 gols e deu 24 assistências em 78 partidas, números que o tornaram um dos meio‑campos mais produtivos da Bundesliga.
Na selecão dos Países‑Baixos, Simons coleciona 15 convocações e já balançou as redes na semifinal da Euro‑2024 contra a Inglaterra, marcando o gol que garantiu a vaga na final. "Ruído? Não escuto, só o que importa. O Tottenham ligou e eu respondi", declarou em vídeo oficial, deixando claro que preferiu a proposta londrina à da Chelsea.
James Maddison, que havia sido peça‑chave na criatividade do Tottenham na temporada 2024/25, sofreu a lesão grave em 5 de julho durante um treino de pré‑temporada em St. George's Park. A ausência de um árbitro de jogadas decididas e de finalizações de fora da área fez o técnico buscar um substituto imediato. Simons, com sua visão de jogo, capacidade de infiltração entre linhas e precisão nas assistências, encaixa perfeitamente nos requisitos.
Além disso, o contrato prevê duas opções adicionais de renovação, o que garante ao clube a possibilidade de manter o jogador até os 30 anos, caso seu valor de mercado continue crescendo. O passe de £51 milhões ainda inclui cláusulas de desempenho; se Simons ultrapassar 10 gols e 12 assistências na primeira temporada, um bônus de €10 milhões será ativado.
Nas redes, a hashtag #WelcomeSimons explodiu no Twitter logo após o anúncio oficial. "Finalmente um jogador que entende o que o Postecoglou quer", escreveu um torcedor do fórum SpursChat. O entusiasmo traduziu‑se em campo: no dia 13 de setembro, Simons estreou contra o West Ham United, contribuindo com uma assistência decisiva no segundo tempo de Tottenham e ajudando a equipe a conquistar uma vitória por 3 a 0. O jornal "The Guardian" destacou: "Simons trouxe o brilho que faltava, mas ainda tem muito a provar em uma liga tão exigente".
Com Simons nos treinos, o próximo desafio do clube será manter a consistência na Champions League, onde enfrenta o Paris Saint‑Germain já nas fases de grupos. O treinador já sinalizou que pretende explorar a versatilidade do holandês, alternando entre a posição de número 10 e a de ala direita, dependendo do adversário.
Se a adaptação à velocidade da Premier League continuar positiva, Simons pode se tornar um dos pilares do ataque, ao lado de Harry Kane e Son Heung‑min. Caso contrário, a pressão dos torcedores será imensa, especialmente porque o investimento foi um dos maiores da história recente do clube.
Com Simons, o Tottenham ganhou uma opção criativa que pode transformar jogos fechados em vitórias decisivas. Se ele mantiver a produção de gols e assistências, o clube pode fechar a lacuna de pontos com o Manchester City e o Liverpool nos últimos três meses da temporada.
O presidente do Leipzig, Oliver Mintzlaff, afirmou que o valor recebido “reflete o esforço e o desenvolvimento do jogador”. Ele destacou ainda que o dinheiro será reinvestido em jovens talentos da academia.
Os médicos do Tottenham estimam uma recuperação entre 7 e 9 meses. Portanto, Maddison deve ficar fora até a metade da próxima temporada, o que deixa Simons como principal responsável pela criação ofensiva.
Jornais como "De Telegraaf" e "Algemeen Dagblad" elogiaram a decisão, destacando que Simons será protagonista em um dos maiores campeonatos do mundo e que isso pode elevar ainda mais seu valor de mercado.
Se Simons alcançar 10 gols e 12 assistências na primeira temporada, o Tottenham pagará um bônus adicional de €10 milhões ao RB Leipzig. Há ainda uma cláusula de libertação de £100 milhões, caso outro clube queira acioná‑lo.
Arlindo Gouveia
outubro 5, 2025 AT 03:22Saudações a todos, vamos analisar o impacto da contratação de Xavi Simons de forma objetiva e abrangente. A chegada do jovem holandês preenche uma lacuna criativa crucial deixada por Maddison, e ainda oferece ao clube uma margem de valorização a médio prazo.