Sergio Mendes, um dos nomes mais expoentes da música brasileira, faleceu na quinta-feira, 5 de setembro de 2024, aos 83 anos. Mendes desempenhou um papel crucial na difusão global de gêneros como a bossa nova e o samba-jazz. Nascido em Niterói, Rio de Janeiro, em 1941, Mendes começou suas aventuras musicais no piano clássico, mas rapidamente se apaixonou pelas rítmicas e melodias inovadoras da música popular brasileira.
Durante os anos 60, formou o grupo 'Bossa Rio Sextet', que ganhou popularidade significativa no Brasil. Porém, foi com a formação de 'Sergio Mendes & Brasil '66' que o músico realmente encontrou seu passaporte para o sucesso mundial. Este grupo trouxe uma fusão única de bossa nova com elementos de jazz e pop, conquistando diversos públicos internacionais.
Com o 'Brasil '66', Mendes trouxe sucessos indeléveis como 'Mas Que Nada', uma versão icônica da música de Jorge Ben Jor, que se tornou um hit global e até hoje é lembrada como uma das mais emblemáticas representações da música brasileira no exterior.
Ao longo de suas cinco décadas de carreira, Sergio Mendes gravou 35 álbuns e conquistou três prêmios Grammy, incluindo dois Latin Grammy Awards. Em 2012, foi indicado ao Oscar pela canção 'Real in Rio', em colaboração para o filme de animação 'Rio'. Era conhecido não apenas entre os amantes da música brasileira, mas também no circuito do jazz, colaborando com músicos renomados como Herb Alpert e Cannonball Adderley.
Mendes não só ajudou a popularizar gêneros musicais brasileiros, mas também foi pioneiro em colaborações que trouxeram a bossa nova e o samba-jazz para novos públicos e contextos. Sua música foi tema de várias trilhas sonoras de filmes e séries de televisão, mantendo sua relevância cultural por décadas.
De acordo com Herb Alpert, amigo próximo e também músico, Mendes faleceu pacificamente em Los Angeles, Califórnia, após enfrentar meses de problemas de saúde relacionados aos efeitos prolongados da COVID-19. Deixa sua esposa, a cantora Gracinha Leporace, e cinco filhos.
O legado de Sergio Mendes vai além de seus prêmios e álbuns. Ele deixa uma herança cultural imensa, que inclui hits inesquecíveis como 'Magalenha', 'The Look of Love', 'Never Gonna Let You Go' e 'Real in Rio'. Cada uma dessas canções traz uma história e um pedaço da alma do músico, que serão ouvidas e relembradas por muitos anos ainda.
Os últimos anos da vida de Mendes foram dedicados tanto à música quanto à família. Mesmo com a idade avançada, ele continuava a participar de eventos e a influenciar novos músicos. Seus shows atraíam multidões que buscavam se conectar com as raízes e a evolução da música brasileira. A vitalidade e paixão que Mendes trazia para cada performance serviam como um testemunho de sua dedicação incansável à arte.
Embora os detalhes sobre seu funeral e enterro ainda não tenham sido divulgados, espera-se que sua despedida seja marcada por homenagens de músicos e fãs do mundo inteiro. A obra de Sergio Mendes não foi apenas uma coleção de canções, mas um elo que conectou diferentes gerações e culturas sob a bandeira da música brasileira.
Seu legado é uma tapeçaria rica de sons, histórias e emoções que continuarão a inspirar e encantar o mundo. Seu impacto na cultura mundial e a ponte que construiu entre o Brasil e o resto do mundo permanecerão para sempre na memória coletiva.